bem vindos ao blog da Cris e da Edyanna

terça-feira, 26 de novembro de 2013

ESTIMULANTE PEDAGÓGICO

APRESENTAÇÃO Embalagem com comprimido repleto de afeto e criatividade.

COMPOSIÇÃO Cada comprimido contém: amor, humildade, conhecimento, criatividade, competência, alegria, coragem, energia, garra, paixão, constância, cumplicidade, solidariedade, companheirismo, interação, integração.

INFORMAÇÃO AO PACIENTE Por todas as experiências que passamos e por tudo já que temos comprovado, não há dúvida que o Estimulante Pedagógico é o remédio ideal para qualquer mudança de concepção. Para que o tratamento atinja os objetivos, é indispensável dedicação total de corpo e alma para quem quer curar-se das causas e não apenas dos sintomas da doença. Para quem está disposto a sofrer uma transformação interior sem culpas. 

EFEITOS COLATERAIS O paciente logo de imediato consegue em sua prática pedagógica mudanças comportamentais em prol de uma aprendizagem significativa. A continuidade do tratamento produz modificações profundas no paciente, que começa a desenvolver uma fé consciente em si mesmo, além de certeza de que o ETIMULANTE PEDAGÓGICO é fundamental para encarar novos paradigmas. 

INDICAÇÕES Nos estados de apatia. preguiça, desinteresse, pessimismo, comodismo, “mesmismo”, desmotivação, descontrole emocional, baixa auto-estima, estresse, e em especial para aqueles que desistiram de sonhar ou desistiram de si mesmo. 

CONTRA – INDICAÇÕES Nem a ciência mais avançada encontrou ou encontrará contra-indicações para o amor, a positividade e a energia interior.  

PRECAUÇÕES Mantenha esse medicamento ao alcance de todos o profissionais para que possam ser contagiados. Mantenha também ao alcance de alunos. Não há prazo determinado de validade, podendo ser usado por toda a vida. Pode ser utilizado em parceria com pais, colegas e demais educadores de forma a envolver toda a comunidade.  

POSOLOGIA Adultos: 01 comprimido por dia, no desenrolar da prática pedagógica ou, se preferir, tomar todos os comprimidos em dose única, com resultado comprovadamente surpreendente. Crianças: O tratamento deverá começar pelos pais. Muito sorriso, muito carinho, muito desafio e estímulo constante dos sonhos e a criatividade fundamentando todo tratamento.  0000000,,0,,,,,,,,,,0,

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Compreendendo a escrita alfabética sob a perspectiva do letramento (aula de 05/11/2013)

 
Essa aula teve por objetivo subsidiar a construção do planejamento de uma rotina na alfabetização na perspectiva do letramento; compreender a concepção de alfabetização e da aprendizagem da escrita alfabética na concepção de um sistema de notação e não de um código. Além de apresentar o percurso evolutivo das crianças para compreender o SEA; discutir as relações entre a apropriação do Sistema de Escrita Alfabética (SEA) e o desenvolvimento de habilidades de consciência fonológica. Ao fim, é feita uma breve revisão sobre o SEA, suas convenções e a apropriação desse sistema pelos aprendizes, à luz da teoria da Psicogênese da Língua Escrita.

Análise de uma rotina

2ª feira
3ª feira
4ª feira

5ª feira

6ª feira

- Roda de conversa livre
- Chamada
- Registro da Agenda
- Calendário
- Roda de conversa tematizada
- Chamada
- Registro da Agenda
- Calendário
- Roda de conversa livre
- Chamada
- Registro da Agenda
- Calendário

- Roda de conversa livre
- Chamada
- Registro da Agenda
- Calendário

- Roda de conversa livre
- Chamada
- Registro da Agenda
- Calendário

Leitura compartilhada:
Conto
Leitura compartilhada:
Texto jornalístico
Leitura compartilhada:
Poesia

Leitura compartilhada:
Curiosidades

Leitura compartilhada:
Adivinhas

Atividade de reflexão sobre o SEA.

Para alunos com escrita não alfabética:
    - Ordenação de quadrinha (versos ou palavras)
Para alunos de escrita alfabética:
- Escrita da quadrinha (letras móveis)

Projeto Sarau de Poesias.

Jogos com nomes

Para alunos com escrita não alfabética:
    - Bingo

Para alunos com escrita alfabética:
- Forca
Atividade de reflexão sobre o SEA.

Para alunos com escrita não alfabética:
- Ditado cantado

Para alunos de escrita alfabética:
- Escrita de letra de música

Atividade de reflexão sobre o SEA.

Para alunos com escrita não alfabética:
    - Leitura de títulos de histórias: o professor lê trechos de histórias e os alunos encontram os títulos na lista.
Para alunos de escrita alfabética:
- Os alunos leem trechos de histórias conhecidas e escrevem os títulos.

Atividade de reflexão sobre o SEA.

Para alunos com escrita não alfabética:
- Leitura de lista de nomes de personagens

Para alunos de escrita alfabética:
Escrita de lista de nomes de personagens

Atividade de escrita:
Escrita de Bilhete
ARTES

Atividade de escrita:
Escrita de Bilhete

Projeto Sarau de Poesias.

Atividade de escrita:
Escrita de Bilhete

MATEMÁTICA
HISTÓRIA E GEOGRAFIA

MATEMÁTICA

CIÊNCIAS NATURAIS

EDUCAÇÃO FÍSICA


Oficina de Palavras


Você compreende?

 
જો એકલા શિક્ષણ સમાજ નથી રૂપાંતર કરી શકો છો, કે સમાજ ફેરફારો વિના.

E agora, você compreende?
Se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda.

Aprendizagem do Sistema de Escrita Alfabética – SEA e  uso das consciências na compreensão da língua.

A aprendizagem do Sistema de Escrita Alfabética consiste em um trabalho com a Leitura, Produção de Textos, Oralidade e Análise Linguística.
  • Conceito de Consciência Fonológica – “O mais adequado é defini-la como um conjunto de habilidades de refletir sobre a palavra, considerando as partes sonoras que a constituem e podendo operar mentalmente sobre tais partes. Esta definição envolve quatro aspectos que gostáramos de ressaltar:
  • A natureza metalinguística do conhecimento em questão;
  • A variação do nível de consciência fonológica ou no modo como os sujeitos as desempenham;
  • A natureza plural e não unitária do que chamamos consciência fonológica;
A necessidade de não reduzirmos consciência fonológica a consciência fonêmica (Morais, 2010, p.54).

As contraposições

Existem controvérsias em relação a compreensão do lugar da consciência fonológica no domínio do sistema alfabético:
  • Alguns estudiosos concluíram que a capacidade de pensar conscientemente sobre os sons das palavras (fonemas) era fruto da experiência escolar de alfabetização e não se desenvolveria normalmente entre aqueles que não tiveram oportunidades de ir á escola.
  • O oposto foi interpretado por Peter Bryant e Linete Bradley de que a consciência fonológica seria causadora da alfabetização.
  • Numa posição conciliadora, pesquisadores defendem que a consciência fonológica seria um facilitador da alfabetização, no sentido de que os indivíduos com mais habilidades metafonológicas teriam mais sucesso na aprendizagem da leitura que seus pares com baixas habilidades de consciência fonológica (Morais, 2010, p.55). 
 
Consciência fonêmica é...

  • Uma das habilidades dentro da consciência fonológica que é mais ampla e vai desde as crianças contarem quantas palavras há em uma frase, passando pela identificação e produção de rimas. Aliterações iniciais e mediais, contar as sílabas das palavras, dizer palavras maiores ou menores que outras, identificar palavras dentro de outras palavras, identificar palavras que iniciam-se pelo mesmo fonema. (Morais, 2012, p.91)

A consciência fonológica é...

  • O desenvolvimento de habilidades fonológicas é uma condição necessária, mas não suficiente, para a criança compreender o sistema de escrita alfabética. (Morais, 2012, p.91)
As outras consciências

Além da consciência fonológica, que pode ser tratada em uma dimensão mais ampla do que a dos fonemas, a língua escrita, assim como a língua inteira, é feita de muitas consciências. As consciências sociológica, cultural, regional, literária, gramatical, morfológica, lexical e muitas tantas mais, sem que uma se sobressaia à outra, circunscrevem a nossa língua escrita a ser ensinada. (ANDRADE, 2013)

Interlocuções na sala de aula

Ora quem é essa criança para quem eu falo? Quem eu acho que ela é, do ponto de vista do professor que eu sou? Que imagem se fazem, mutuamente, professor e aluno? Qual é o lugar do professor na escola? E qual  o lugar da criança, do aluno? Que lugares ocupam  e que posições assumem?  Qual é o “lugar” a eles atribuído no sistema de representações sociais (na instituição)? . (Smolka, 2001)

De que fios são tecidos as relações de ensino?

Enfim, o que esses autores dizem, em uníssono, é que compreender a relação do sujeito com a palavra escrita demanda a compreensão da relação que esse indivíduo estabelece com os outros e com a própria linguagem. Têm-se aí pistas muito claras de que não se pode entender o processo de aprendizagem, desenvolvimento e uso da palavra escrita apenas do ponto de vista individual, da perspectiva da aprendizagem do código alfabético” (Matencio, s/d,p.2).

O fio da interação

Já no que diz respeito a seu contato com a palavra escrita, pela escuta da leitura em voz alta que lhe pode ser feita ou pela leitura que faz das imagens (na rua, em casa, no supermercado, por exemplo), tanto sua participação quanto a do adulto ou da criança mais experiente são reguladas ao longo da interação. Nesses eventos de letramento, que, mal ou bem (bem ou mal), ocorrem na vida de nossas crianças, elas interagem, frequentemente, com alguém que pode regular sua ação interpretativa/compreensiva no momento em que a interação se dá, mediada pela escrita. (Matencio, 2 p.4)

Propostas de Atividades

Leal e Morais (2010) classificaram dez atividades resultantes da análise em livros didáticos e jogo, embora não abranjam todas as atividades de alfabetização possíveis e “várias atividades poderiam, a princípio, ser classificadas em mais de um tipo.

    1. Atividades que buscam familiarização com as letras.

    2. Atividades que objetivam a construção de palavras estáveis.

    3. Atividades de reflexão fonológica.

    4. Atividades de composição e decomposição de palavras escritas.

    5. Atividade de comparação entre palavras escritas.

    6. Atividades de escrita de palavras através do preenchimento de lacunas.

  7. Atividades de permuta, inserção ou retirada de letras e sílabas para a formação de novas palavras.

   8. Atividades de ordenação de letras e sílabas.

   9. Atividades de leitura de palavras.

  10. Atividades de escrita de palavras (Leal & Morais, 2010, p. 130-1).”  


Referências

BAKHTIN, Mikhail M. Estética da criação verbal (trad. do francês Maria E. G.G. Pereira). São Paulo: Martins Fontes, 1992.
 
BRANDÃO, Maria Helena Nagamine. Introdução à Análise do Discurso. ed. 2ª. 
Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2004.
 
FIORIN, José Luiz. Linguagem e ideologia. 8ª ed. São Paulo: Ática, 2005.
 
SMOLKA, Ana Luíza Bustamante. A criança na fase inicial da escrita. Editora Unicamp ,1991.
 
MATENCIO, Maria de Lourdes M. Letramento e competência comunicativa: a aprendizagem da escrita. Texto, 2003. PUC Minas Gerais.